REFORMA TRABALHISTA VS “BICO"

Os impactos da reforma trabalhista nas contratações de final de ano


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Por RICARDO SANTOS
Após entrar em vigor no último dia 11 de novembro (120 dias após sua sanção), a Reforma Trabalhista divide opiniões e já traz dúvida ao empresariado brasileiro. A modalidade de contratações de final de ano, o popular “bico” por exemplo, poderá ser substituída a partir de 2018. Para este ano o nível de incerteza dos empresários quanto às novas regras fará com que o estilo de contrato temporário permaneça inalterado. Já no próximo ano, outra modalidade ganha destaque, trata-se do contrato intermitente de trabalho, que dentre outras vantagens, trará uma jornada de trabalho bem mais flexível.

De acordo com o regime intermitente, o empregador poderá contratar profissionais de acordo com sua necessidade, podendo contratar por dia ou hora, o que permitirá suprir as suas demandas sazonais pontualmente, por exemplo: natal; páscoa; dia das mães; etc.


 “Do ponto de vista da produtividade e fidelidade, o regime intermitente tende a ser mais vantajoso, porque além de criar um vínculo maior com o empregado, permite que este exerça suas especialidades de forma constante na empresa numa jornada flexível de trabalho, eliminando ainda o risco da escassez de mão-de-obra, ou da perda do profissional para o concorrente após o período sazonal. A modalidade, pode inclusive, favorecer a redução dos excessivos gastos com encargos trabalhistas”, afirmou o chefe da divisão econômica da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Fábio Bentes, em entrevista à rede Jornal Contábil.


Mesmo em meio a discussões quanto às novas regras trabalhistas que devem impactar a partir do ano que vem, o mercado de trabalho já apresenta uma tímida resposta ao estímulo da economia. Com juros em queda e inflação abaixo do centro da meta, o efeito no mercado de temporários deve ocorrer ainda este ano. A previsão da CNC (Confederação Nacional do Comércio) é que o número de vagas abertas para o natal seja de 73,1 mil temporários, o que representa uma alta de 10% comparado a 2016. Mesmo em alta, este percentual é inferior ao período pré-crise, em 2013 o número foi de 123 mil profissionais admitidos.


Essas e outras mudanças afetam em algum momento o planejamento das empresas, principalmente na hora de presumir no orçamento a necessidade de investimentos em capital humano para o próximo ano. Aos responsáveis pela área de Recursos Humanos das empresas, permanece a importante tarefa, mesmo em meio a essas mudanças conjunturais, de continuar garantindo a plena consecução das políticas de recrutamento, seleção, treinamento e retenção de talentos, buscando equalizar as expectativas, aspirações e anseios entre empregadores e empregados.



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