A CRISE DA SIMPLICIDADE

Gestão é Simples. Por que complicar?


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É muito fácil expressar-se de forma complexa através de esquemas e raciocínios intermináveis, difícil mesmo é ser simples. Já dizia o grande físico Albert Einstein: “Seja simples, porém não simplista”. E aqui devemos separar os dois conceitos, Simplicidade que significa elevado nível de conhecimento, clareza e discernimento; e Simplismo que significa ignorância, preguiça e visão generalista. Neste texto pretendi ser simples.


Primeiramente é necessário compreender que todo empreendedor, quando resolve abrir uma empresa e se torna um empresário, está assumindo o papel de investidor, e qualquer investidor busca sempre a melhor relação retorno / risco. É com esta combinação que se torna possível criar e acumular riqueza. Não podemos confundir lucro contábil com riqueza. Lucro contábil, é aquele amplamente conhecido, apurado sobre o preço de venda.


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Agora, imagine se eu vendo um produto por R$ 100,00 e ele custou R$ 99,00, fico com R$ 1,00 de lucro. No entanto se, ao invés de aplicar o dinheiro na empresa (produzir e vender), eu aplicasse os mesmos R$ 100,00 em títulos públicos e na bolsa de valores e obtivesse R$ 2,00 de ganho, estaria na verdade ficando R$ 1,00 mais pobre, dizemos no jargão de finanças que eu destruí valor (riqueza), porque não consegui um lucro acima do custo de oportunidade do capital, no exemplo, representado pelos títulos públicos e ações da bolsa.Se a empresa economizar R$ 1,00 de custo, ou conseguir vender por R$ 1,00 mais caro, passará a ganhar o seu custo de oportunidade, o que passar disso será riqueza.


Nesse contexto, riqueza é economicamente conceituado como lucro econômico, ou seja, aquele acima do custo de oportunidade do capital investido, representado pelo retorno financeiro de outras opções de investimentos, de risco comparável, que foram abandonadas após a decisão de aplicar o dinheiro na empresa, ou em qualquer outro ativo.


Em segundo lugar deve-se compreender bem e aceitar, sem receio, que o principal objetivo de uma empresa é a geração de valor econômico (riqueza) aos seus proprietários. Outros objetivos também importantes virão na sequência, tais como: geração de emprego, filantropia, projetos sociais, etc. Então como criar riqueza, ou, lucro econômico?



A resposta é: com uma Gestão Baseada em Valor, que não é o mesmo que Administração Baseada em Valor. Para Falconi (2017), Administração engloba a ideia de Gestão, é um conceito amplo e representa a empresa como nós a conhecemos, através de seus recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros; todos os departamentos envolvidos; liderança, cultura, etc. Já a Gestão é simples: ela só se preocupa em bater metas, ou seja, atingir o resultado que até então é desconhecido por todos. Ora, se as empresas já conhecessem o caminho da riqueza, não necessitariam de gestão. Então, é através de método gerencial, da administração existente na empresa, ou, vinda de fora – como consultorias, palestras, treinamentos, etc. –, que se consegue fazer gestão. De modo ainda mais simples, Gestão se faz com três pilares básicos: Capital Intelectual (Gente); Método Gerencial (Caminho para atingir metas) e Foco Financeiro (Criação de Riqueza).


Capital Intelectual: são os recursos humanos existentes na empresa que possuem conhecimento, criatividade, capacidade de relacionamento interpessoal, espírito de liderança, sentimentos e emoções, requisitos que são fundamentais para o sucesso de qualquer Organização. Só é encontrado em seres humanos, nunca em máquinas.


Método Gerencial:aqui a liderança da empresa exerce papel fundamental, pois será a responsável por conduzir os recursos humanos (equipes) com todas as ferramentas e métodos gerenciais no processo que leva ao atingimento das metas pré-estabelecidas.


Foco Financeiro (Criação de Riqueza):a cultura da empresa deve estar alinhada no propósito da criação de riqueza aos seus proprietários, conforme já citado. Todos na empresa devem participar e ser recompensados individualmente pela riqueza criada.


Portanto, é fato que empreender no Brasil é uma tarefa difícil e arriscada. Sabemos que a conjuntura econômica e política representam um conjunto de fatores externos que podem atuar no sentido contrário ao do real objetivo das empresas. De modo que só o que nos resta a execução de uma Gestão eficaz, que nos permita contornar tais obstáculos. 

Ricardo é Consultor em Gestão (CRA 141499) e Especialista em Gestão Baseada em Valor / Valuation pela FEA/USP-RP Contato: ricckhenrique@gmail.com
WhatsApp: (16) 99186-4113. 



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