VOLUNTÁRIOS RECICLAM BRINQUEDOS EM ORLÂNDIA

Achados no lixo, os brinquedos são “reformados” e doados às crianças


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Lucimar Rezende

Em Orlândia, a dona de casa Lucimar Rezende, de 55 anos, se lembra até hoje da única boneca que ganhou em toda sua vida, quando tinha 16 anos. Ao sentir na pele a falta que faz um brinquedo a uma criança, a moradora de orlandina decidiu se mobilizar para levar alegria a quem mais precisa recuperando brinquedos encontrados no lixo.


Com a ajuda de uma cooperativa da cidade, ela conseguiu renovar e embalar, com direito a pipoca e pirulito, 170 brinquedos entregues neste sábado (12) para crianças carentes.


"Quando vi que tinha essa oportunidade de proporcionar para a criança o que eu não tive, abracei essa causa. Era uma coisa que ia depender de horas de trabalho, paciência, e não ia ser um financeiro muito grande. Sempre tive vontade de abraçar uma causa social e nessa reciclagem de brinquedos achei que era hora de eu abraçar com todo meu amor", diz.



RECICLAGEM DE BRINQUEDOS

O trabalho começa na Cooperativa Cooperlol, no Jardim Boa Vista, que recolhe diariamente em torno de 6 mil quilos de materiais recicláveis. Pela triagem passam objetos de papel, vidro, plástico e metal, mas os brinquedos também se tornaram constantes, especialmente as bonecas.


"Esforço máximo para tudo que aparecer, ou em bom uso ou mal-uso. A gente recupera as que estão em mau estado e as que estiverem em bom estado a gente direciona para as crianças", afirma Samuel do Nascimento, sócio cooperado.



Todos o material recolhido na cooperativa é destinado à garagem da Lucimar, onde cada um dos brinquedos é lavado, costurado e embalado. As bonecas também ganham novas roupas, como vestidos macacões. Tudo para garantir que um objetivo que não tinha mais valor para uns faça a alegria de outros. Os brinquedos doados neste sábado (12) estão em preparação deste fevereiro deste ano.


"Ela não quer só colocar uma boneca no embrulho, coloca pipoca com bala, pirulito. A alegria dela é ver a alegria das crianças", afirma Juliana Amiane de Paulo, diretora da cooperativa.


De infância humilde, ela mesma conta que se emociona em poder fazer parte da iniciativa. "Minha mãe nunca pode comprar pra mim e na verdade ela trabalhava num lixão onde achava coisas muito boas. Às vezes até as lojas jogavam ali o brinquedo com defeito. O que brinquei foi brinquedo do lixão. Quero dar continuidade agora", diz.


O objetivo do grupo é dar sequência nos trabalhos para o Natal, que já se aproxima. O objetivo é ultrapassar a marca de 250 brinquedos renovados a partir do lixo. "A criança fica muito grata e a gente também fica alegre de poder estar colaborando", afirma Samuel.


Fonte: G1
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