TESTE NEGATIVO
Primeira paciente de covid-19 em SJB testa negativo em Adolfo Lutz
No dia 29 de foi
divulgado em boletim epidemiológico da Santa Casa e da administração municipal
de São Joaquim da Barra o primeiro caso de coronavírus do município.
A paciente
Elisabete Cantarela Cunha colheu material para exame na Santa Casa local, que é
realizado em laboratório de suporte da própria instituição, também credenciado.
Naquele momento outra amostra foi enviada para o Instituto Adolfo Lutz em São
Paulo, laboratório oficial do governo para os casos de covid-19.
O resultado
realizado por laboratório parceiro da Santa Casa foi positivado e a paciente
passou a ingressar a estatística de casos de coronavírus.
Porém, no dia 23
chegou o exame do IAL, este com resultado negativo para covid-19.
Procurada pela
INSIDE, Elisabete disse que aceitou seu diagnóstico e sofreu com isso por
muitos dias. “Quando recebi o resultado da Santa casa, aceitei meu diagnóstico
e por isso me vi com o covid-19... e digo que ninguém de laboratório ou Santa
Casa me notificou do resultado, fiquei sabendo por rede social e mensagens que
recebi de outros. Nesta semana recebo o segundo exame, daí sim fui corretamente
informada, por ser a interessada no caso, pela agência de vigilância sanitária
da cidade. E para minha surpresa era negativo. Veio a dúvida, quem está certo?
Pois no meu caso ninguém do meu convívio pegou, minha mãe de 82 anos,
meus pacientes, filhos, marido. Se o contágio é tão fácil, fomos a
excessão nisso? Eu precisava de mais uma contra prova, daí entendi que
teria que fazer por minha conta se quisesse, então fiz em um laboratório fora
daqui e veio negativo IgG/IgM. Na hora achei até
que preferia ter tido positivo, pois não explicaria, mas
justificaria tudo que passamos. Mas veio negativo. Pode ser que eu tive
realmente uma gripe forte ou pneumonia, sei lá. Mas não consigo apagar os dois
exames negativos e simplesmente confiar no primeiro”, revela.
Em áudio que
circula no WhatsApp, o marido de Elisabete revela indignação com os fatos
ocorridos, pois a família vem sofrendo discriminação em redes sociais. “Quem
dorme com um barulho desses? Fomos escrachados, caluniados, difamados em rede
social. Eu coloquei minha farmácia à venda... nunca cobramos de quem não pode
pagar na farmácia, nem de instituições da cidade, e agora, depois dessa, fomos
difamados... nós vamos mudar de cidade, eu nunca esperei um obrigado das coisas
que eu fiz, mas também não esperava tijolada, foram cruéis demais”, revela em
um dos trechos do áudio o farmacêutico Paulo Cunha.
Procurado pela
INSIDE, o secretário de saúde de São Joaquim da Barra, Rangel Luis de Melo,
confirmou o fato e informou que podem ocorrer divergências de resultados, e que
isso depende de uma série de fatores como qualidade da amostra e qualidade da
coleta.
Ele informou ainda
que os laboratórios são contratados para agilizar os resultados devido a demora
do Instituto Adolfo Lutz diante da grande demanda de exames. Por orientação da
Vigilância Epidemiológica do estado, o caso não sai das estatísticas.