PESQUISA DA ACE APONTA RECUO DE 70% DO FATURAMENTO NO COMÉRCIO

Recurso dos benefícios trabalhistas foram utilizados por 75% das empresas pesquisadas


A pandemia causada pelo coronavírus, com as restrições comerciais dos municípios e projeções pessimistas do estado, criaram um cenário de incertezas não só no setor da saúde como também na economia brasileira.

Das cinco regiões do Brasil, o sudeste tem sido o mais afetado, sendo São Paulo o epicentro de contágio do coronavírus. Os municípios, por sua vez, têm sentido os impactos desse caos. 

 A Associação Comercial e Empresarial de São Joaquim da Barra (ACE) realizou uma pesquisa com o comércio local e verificou o impacto da quarentena sobre a atividade econômica joaquinense. 

Fizeram parte da pesquisa 76 estabelecimentos dos segmentos de tecidos, vestuários, calçados e acessórios, presentes, óticas, eletroeletrônicos, veículos, motos, móveis, construção civil e outros.  Além do faturamento, a pesquisa também abordou quesitos como emprego e capital de giro das empresas.


FATURAMENTO 
O recuo médio no faturamento das empresas pesquisadas foi de 68,6%. O pior registro foi do setor de vestuário e calçados, com uma queda de 73,4%. O menor recuo foi o do setor da construção civil, com 40%, uma vez que o setor ficou autorizado a funcionar no período de quarentena.

A ACE também pesquisou a expectativa no retorno das atividades, ou seja, em relação ao faturamento do período anterior à crise. A pesquisa apresentou uma média de 39,8% do faturamento anterior à quarentena. O setor de vestuário e calçados teve 37,3% e o da construção civil de 51,4%. Para entender melhor, se o negócio faturava R$100 mil antes da quarentena, a expectativa será de faturar R$39,8 mil. 

De acordo com a ACE, há uma grande preocupação com o futuro das empresas, uma vez que o baixo faturamento pode não ser suficiente para manter a manutenção das atividades, acarretando no fechamento dos negócios. 


EMPREGO 
A pesquisa abordou neste quesito as empresas que ainda não demitiram e as que utilizaram os benefícios trabalhistas, como a antecipação de férias, a redução proporcional da jornada de trabalho e salário e a suspensão do contrato de trabalho. 

Mais da metade das empresas pesquisadas não demitiram seus funcionários, apontando 63,2%. Separando os dados por setor, 69,7% são os números de vestuário e calçados, e 37,5% do setor da construção. 

Já o recurso dos benefícios trabalhistas foram utilizados por 75% das empresas pesquisadas, sendo 72,7% do setor de vestuário e calçados e 62,5% da construção civil. 

A pesquisa apontou que a taxa de demissão das empresas pesquisadas ficou em torno de 20,5%.


CAPITAL DE GIRO 
A maioria das empresas utilizaram recursos próprios para conseguir se manter durante a pandemia, do total pesquisado, foram 89,5%. Separando por setor, de vestuário e calçados foram 93,9% e da construção civil 87,5%.

A ACE estimou ainda quantos dias as empresas sobreviveriam com as portas fechadas, o prazo médio ficou em 22 dias, sendo que o setor de vestuário e calçados permaneceria ainda por 21 dias e o da construção civil em 41 dias.

Com relação às expectativas em escala nacional, o Boletim Focus do Banco Central desta semana (25/maio) mostrou uma queda no PIB de 5,89% para 2020, a Pesquisa Mensal da Indústria do IBGE do mês de março mostrou uma queda de 9,1%, a do comércio de 2,5% e a do setor de serviços de 6,9%.

Fonte: ACE



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