Ministério da Saúde anuncia distribuição gratuita de contraceptivo subcutâneo pelo SUS


Foto: Portal Gov.br


O Ministério da Saúde informou que já recebeu a primeira remessa de cem mil unidades do Implanon, método contraceptivo subcutâneo de longa duração que será oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de outubro. O lote chegou na última sexta-feira, 19 de setembro, e representa um avanço nas políticas públicas voltadas à saúde da mulher e ao planejamento reprodutivo no Brasil.


Na rede privada, o dispositivo pode custar até R$ 4 mil, valor que restringe o acesso a grande parte da população. A distribuição gratuita pelo SUS busca reduzir desigualdades e garantir que mulheres de diferentes faixas sociais tenham acesso ao método, considerado altamente eficaz e prático. O Implanon atua por até três anos, dispensando o uso diário de pílulas anticoncepcionais ou procedimentos frequentes de reposição hormonal.


Meta de distribuição nacional

De acordo com a pasta, a meta é disponibilizar 1,8 milhão de unidades do contraceptivo até 2026, sendo 500 mil já em 2025. A estratégia faz parte de um conjunto de medidas para ampliar a oferta de métodos contraceptivos no SUS, oferecendo maior autonomia às mulheres na escolha do recurso mais adequado às suas necessidades.


Especialistas apontam impacto positivo
Médicos e especialistas em saúde reprodutiva destacam que a incorporação do Implanon à rede pública está em consonância com recomendações internacionais da Organização Mundial da Saúde (OMS), que defende a ampliação do acesso a métodos contraceptivos modernos e seguros como forma de promover direitos reprodutivos e prevenir gestações não planejadas.


Segundo especialistas, a oferta gratuita deve impactar diretamente a redução de casos de abandono de métodos contraceptivos tradicionais, muitas vezes associados a falhas no uso, como a pílula oral, que depende da rotina diária.


Avanço nas políticas públicas
Para o Ministério da Saúde, a medida representa não apenas a modernização da cesta de métodos disponíveis pelo SUS, mas também um avanço na política de saúde pública voltada ao fortalecimento do planejamento familiar. Além disso, reforça o compromisso do governo em ampliar a equidade no acesso à saúde, especialmente entre mulheres em situação de vulnerabilidade social, para quem o alto custo do dispositivo na rede privada sempre foi um impeditivo.


Com o início da distribuição em outubro, o Brasil passa a integrar o grupo de países que oferecem gratuitamente opções contraceptivas de longa duração e alta eficácia, fortalecendo a autonomia feminina e promovendo um cuidado mais amplo à saúde da mulher.


Fonte: Ministério da Saúde (gov.br)



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