JOAQUINENSE SE PREPARA PARA AS OLIMPÍADAS DE PARIS
Após conseguir primeiro lugar no campeonato paulista de atletismo, Ritinha se prepara para novos desafios
Ritinha exibe as medalhas conquistadas recentemente no Campeonato Paulista de Atletismo (Foto: Paulo Ferreira Foto Designer)
Atleta de destaque em diversos campeonatos brasileiros na modalidade 400 m com barreira, a joaquinense Ritinha de Cássia Ferreira Silva, 22 anos, ocupa atualmente o sexto lugar no ranking nacional de atletismo e o terceiro lugar nos 200 m rasos.
Recentemente, Ritinha participou do Troféu Brasil, maior competição de clubes da América Latina, na qual conseguiu a quarta colocação. Posteriormente foi convidada a participar do Meeting Internacional Rumo a Tóquio junto a outros atletas que buscavam uma vaga nas Olimpíadas de Tóquio, porém, sem resultados expressivos.
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Mais experiente, partiu para o campeonato estadual onde disputou com atletas de alto nível e conseguiu avançar no desempenho ficando a 1 s para o índice olímpico. Ritinha participou de três provas, conseguindo o primeiro lugar em duas: 400 m rasos com 53’71 e 400m com barreira com 57’34. Na terceira prova, 200m rasos, ficou em segundo lugar com o tempo 23’59, trazendo para casa três medalhas. Tóquio não foi dessa vez, porém a atleta está focada nos treinos e em melhorar seu tempo já sonhando com Paris em 2024.
TRAJETÓRIA
Ritinha é uma atleta que começou no projeto Correndo para Vencer, desenvolvido pelo Instituto Edson Luciano Ribeiro, com o patrocínio da Caixa Federal e que em São Joaquim da Barra é realizado através da prefeitura.
Ela foi descoberta aos 14 anos por uma professora de Educação Física jogando futebol na escola em que estudava. "Eu estudava no Cene e a professora Luciana me viu jogando futebol, achou que eu corria bastante e me levou para treinar no clube Espigão pelo projeto do Edson Luciano".
A atleta lembra que no começo não levou muito a sério e faltava aos treinos para soltar pipa na rua. Só passou a se dedicar vendo seus resultados nas provas.
Em 2016 chegou a ser campeã no Sul-americano de Atletismo, que aconteceu na Argentina. Trouxe a medalha de ouro na categoria Sub-18.
Em 2017 mudou-se para São Paulo passando a treinar no Ibirapuera. Também ingressou no curso de Direito na UNIP. Tudo ia bem até que começou a sentir-se sobrecarregada pela rotina de estudante e atleta. Viu seu desempenho cair ao mesmo tempo em que passou a se desentender com o seu treinador. Então veio a pandemia e a obrigou a voltar para casa em São Joaquim da Barra.
Nesse período ela pode descansar e repensar sobre o que realmente queria e precisava. Com apoio da família, procurou seu antigo técnico Alderico Alexandre de Oliveira Filho e sob sua supervisão voltou a treinar, estabelecendo novas metas para a carreira.
Os estudos seguem no modo à distância por enquanto e os treinos não param. Nem os sonhos. "Meu objetivo maior é mirar na lua, porque a lua pra mim é as Olimpíadas, mas se eu acertar as estrelas eu fico muito feliz, pra mim as estrelas são as competições da seleção, do sul-americano, pan-americano, ibero-americano, competições de alto nível", diz a atleta lembrando que tudo é feito em consonância com seu treinador.
No momento ela treina para os campeonatos Pan-Americano e Sul-Americano que acontecem nos meses de outubro e novembro e para o Mundial de 2022.
"Um passo de cada vez, um degrau por dia... e cada dia a gente está mais perto dos nossos sonhos que é as olimpíadas", finaliza.