Amanda Sari Moreti de Oliveira: Transformando Espaços e Vidas com a Arquitetura



Foto: Paulo Ferreira Foto Designer



Criativa, dedicada e com uma sensibilidade única para transformar ambientes, a arquiteta Amanda Sari Moreti de Oliveira, de 30 anos, encontrou na profissão muito mais do que um trabalho: um propósito. Casada com Victor, ela se formou pela Universidade de Franca entre 2012 e 2016 e, desde então, tem deixado sua marca em projetos que unem estética, funcionalidade e um toque especial de personalidade.

Desde criança, Amanda já demonstrava talento artístico, passando anos se dedicando à pintura em tela e ao desenho. Mas foi por influência do pai que a arquitetura entrou em sua vida e, sem que ela percebesse de imediato, se tornou sua grande paixão.

“Me apaixonei pela arquitetura quando entendi o impacto que ela tem na vida das pessoas. Cada espaço projetado pode transformar rotinas e criar memórias”, conta.

Extremamente observadora e detalhista, ela acredita que o diferencial de um bom arquiteto está na capacidade de entender quem vai viver naquele espaço. Seu primeiro grande projeto foi uma casa para um casal de primos. Mais do que um simples trabalho, essa experiência trouxe aprendizados valiosos sobre lidar com clientes, fornecedores e todas as surpresas que surgem no canteiro de obras. “Foi nesse momento que eu percebi que arquitetura vai muito além de desenhar. É preciso estar presente, saber ouvir e, principalmente, saber se impor”, relembra.

No início da carreira, Amanda sentiu na pele um dos desafios mais comuns para arquitetas mulheres: o desrespeito no ambiente de obra. Tímida por natureza, precisou aprender a se posicionar e a fazer sua voz ser ouvida diante de clientes e profissionais experientes. Hoje, encara cada novo projeto com mais confiança e segurança, sabendo exatamente o valor do seu trabalho.

“O maior desafio não é desenhar um projeto incrível, mas garantir que ele seja respeitado e executado como planejado. A arquitetura exige técnica, mas também muita habilidade para lidar com pessoas”, destaca.

Ter seu próprio escritório sempre foi um sonho. Durante anos, Amanda atendeu clientes na mesa de jantar da casa dos pais, até conseguir montar seu espaço profissional. Mesmo depois dessa conquista, ela nunca deixou de buscar novos aprendizados e de se reinventar. Com os avanços tecnológicos, percebeu que muitos arquitetos estavam se limitando a vender imagens bonitas de projetos 3D, sem aprofundar a essência da profissão. Isso a fez querer se destacar ainda mais, priorizando um trabalho que vai além da estética, com um olhar cuidadoso para o conforto e bem-estar dos clientes.

Amanda ainda não definiu um estilo único para seus projetos, pois gosta de se adaptar às necessidades de cada cliente, mas sempre busca incluir elementos da chamada arquitetura sensorial. Iluminação natural, ventilação cruzada, materiais como madeira e pedra e uma conexão maior entre áreas internas e externas são características marcantes em suas criações.

Mesmo com as dificuldades que as mulheres ainda enfrentam no mercado da arquitetura, ela vê nisso um estímulo para crescer. Já passou por situações em que precisou se impor para ser respeitada, mas hoje sabe equilibrar firmeza e flexibilidade.

“Ser mulher na arquitetura significa, muitas vezes, ter que provar sua competência antes mesmo de ser ouvida. Mas isso também nos dá força para nos destacarmos”, afirma.

Para o futuro, Amanda sonha em aprofundar seus estudos em arquitetura sensorial, uma área que sempre chamou sua atenção. Seu primeiro contato com o tema foi no trabalho de conclusão de curso da faculdade, quando elaborou um projeto inovador de reforma para um motel da família. Desde então, se encantou pelas possibilidades de criar espaços que não apenas impressionam visualmente, mas que despertam emoções e sensações em quem os vivencia.

Olhando para trás, ela vê que cada desafio e cada conquista moldaram a profissional que é hoje. E, com sua personalidade inquieta e apaixonada, sabe que ainda há muito a criar, aprender e transformar.

Pingue-Pongue

Seu projeto dos sonhos: residência ou escritório? Residência

Arquitetura moderna ou clássica?
Gosto dos dois estilos, mas o partido projetual que mais aquece meu coração é o contemporâneo. Que acredito ser a dosagem certa entre os dois mundos.

Um lugar que te inspira na vida pessoal?
O sitio dos meus avôs maternos, sempre foi meu lugar de refúgio.

Você prefere trabalhar sozinha ou em equipe?
Sozinha

Estilo minimalista ou maximalista? Minimalista

Qual mulher te inspira na arquitetura?
Lina Bo Bardi, que tem uma trajetória profissional incrível.

Café ou chá durante o trabalho?
Café, adoro o cheiro de café coado! Me remete memórias afetivas.

Um detalhe de um projeto que sempre te emociona?
Sentir que consegui transparecer a essência do cliente para o papel

Qual cidade você visitaria por causa da arquitetura?
Meu sonho é conhecer algumas cidades da Europa e comtemplar toda a história por trás de grandes construções e monumentos históricos.

O que diria para a Amanda de dez anos atrás?
Que o caminho não foi fácil, mas com passos de formiguinha você está conseguindo chegar lá.



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