Balé Folclórico da Bahia celebra 37 anos em espetáculo no Sesc Franca

• 30/09/25

Foto: Divulgação

O Balé Folclórico da Bahia, referência nacional e internacional na dança afro-brasileira, apresenta-se em Franca (SP) para celebrar seus 37 anos de trajetória. O espetáculo integra a Extensão da 14ª Bienal Sesc de Dança, sediada em Campinas, e será realizado no Teatro do Sesc Franca no dia 1º de outubro de 2025, às 19h30.

Criada em 1988 por Walson (Vavá) Botelho e Ninho Reis, a companhia nasceu com o propósito de transformar manifestações culturais da Bahia em linguagem cênica, articulando tradição e inovação. Desde 1993, a direção artística está a cargo de José Carlos Santos, conhecido como Zebrinha, que tem consolidado a companhia como uma das mais relevantes do país. Com apresentações em mais de 300 cidades e 30 países, o Balé Folclórico da Bahia é reconhecido por levar a riqueza da cultura afro-brasileira a diferentes palcos do mundo.

A programação para Franca apresenta quatro coreografias que transitam entre o clássico, o contemporâneo e as raízes afro-baianas. Okan, de Nildinha Fonseca, aborda temáticas ligadas à força e à experiência feminina; 2.3.8, de Slim Mello, inspira-se na vida cotidiana do bairro Plataforma, em Salvador; Bolero, de Carlos Santos, dialoga com a célebre obra homônima de Maurice Ravel; e Afixirê, de Rosângela Silvestre, é uma peça consagrada que celebra a ancestralidade africana e a cultura baiana.

Além da relevância artística, o espetáculo evidencia os desafios de manter uma companhia de dança profissional em atividade, considerando o contexto financeiro e cultural do setor. A companhia mantém a Fundação Balé Folclórico da Bahia, localizada no Pelourinho, em Salvador, que promove projetos sociais e cursos de formação em dança, capoeira, música e teatro.

O Balé Folclórico da Bahia já participou de eventos internacionais de grande porte, como a Bienal de Dança de Lyon, em 1994, quando integrou o evento “Mama África” e recebeu elogios do jornal The New York Times. O equilíbrio entre tradição afro-baiana, linguagens clássicas e contemporâneas é apontado como um dos traços distintivos do grupo, refletindo na diversidade e riqueza do repertório apresentado em Franca.

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