Polícia investiga acidente em torneio de beach tennis em Ribeirão Preto
Queda de cobertura em evento esportivo deixou nove pessoas feridas; uma mulher permanece internada e organizadores apontam ventania como causa do acidente.
Foto: Fabiano Minatto/EPTV
A Polícia Civil abriu investigação para apurar as circunstâncias do desabamento parcial da cobertura de uma arquibancada durante um torneio de beach tennis em Ribeirão Preto (SP), ocorrido no último sábado (18). O incidente deixou nove pessoas feridas, entre elas o gestor Fabiano Palari, que chegou a ser internado em estado grave e recebeu alta nesta segunda-feira (20). Apenas uma mulher de 33 anos permanece hospitalizada, sem risco de morte.
A queda da estrutura aconteceu na Arena Beach Ribeirão, durante o Circuito Sand Series – Etapa Ribeirão Preto, competição que reunia atletas de vários países em Bonfim Paulista. O evento, iniciado na segunda-feira (13), teve as partidas suspensas após o acidente. Segundo o Corpo de Bombeiros, a área foi isolada e peritos estiveram no local para realizar os primeiros levantamentos técnicos.
De acordo com informações da Polícia Civil, o inquérito deve ouvir testemunhas e ao menos três pessoas ligadas à organização — o responsável pela arena, o organizador do torneio e o encarregado pela montagem da cobertura. Também foram solicitados documentos à Prefeitura de Ribeirão Preto e ao Corpo de Bombeiros, com o objetivo de verificar se todas as autorizações exigidas estavam em conformidade.
A prefeitura, em nota, informou que o evento possuía todas as licenças e autorizações necessárias, lamentou o ocorrido e afirmou acompanhar a situação, oferecendo suporte às vítimas.
Versões dos responsáveis
O organizador do torneio, Anderson Rubinato, afirmou que a estrutura estava regularizada e atribuiu o acidente à ventania que atingiu o local no momento do temporal.
“O evento tinha todas as autorizações necessárias e foi surpreendido por uma chuva seguida de ventos fortes. Assim que percebemos o risco, a área foi evacuada com apoio do Corpo de Bombeiros e da equipe de segurança. Após isso, prestamos atendimento imediato aos feridos”, explicou.
O responsável pela montagem da cobertura, Alexandre Pimenta, declarou que a estrutura havia sido instalada dez dias antes da competição e que sua equipe se deslocou ao local assim que soube do incidente. Segundo ele, a intensidade das rajadas de vento foi determinante para o colapso.
“Foi um vento de rajadas, um vento perigoso. A estrutura foi entregue dentro dos padrões técnicos, com todos os travamentos e ancoragens. Porém, por serem estruturas móveis, há um limite de resistência. Ventos cruzados podem soltar presilhas e comprometer a estabilidade”, disse.
Conforme dados da Climatempo, as rajadas de vento atingiram 65 km/h no Aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto, no momento do acidente.
Feridos e atendimento
Entre os nove feridos, oito já receberam alta médica, incluindo Fabiano Palari, que havia sido socorrido com traumatismo craniano. A única vítima que permanece internada é uma mulher de 33 anos, submetida a uma cirurgia na perna e com previsão de novo procedimento no ombro.
O Corpo de Bombeiros informou que prestou atendimento no local e reforçou a necessidade de investigação técnica para determinar as causas exatas da queda. A Polícia Científica deve concluir o laudo nos próximos dias.