BOLETIM ECONÔMICO ACE - PESQUISA DE EMPREGO (PNAD), CONTAS E DÍVIDA PÚBLICA (TESOURO) E RESULTADO PRIMÁRIO (BACEN)

A taxa de ocupação caiu para 47,1% e mais da metade da população continua sem trabalho no país


A Associação Comercial Empresarial de São Joaquim da Barra – ACE, divulgou os boletins econômicos com os dados da Pesquisa de Emprego (Pnad), das Contas e da Dívida Pública (Tesouro) e do Resultado Primário (Bacen). Confira:

 PESQUISA DE EMPREGO – Pnad continua (IBGE) – julho/2020

A taxa de ocupação caiu para 47,1% e mais da metade da população continua sem trabalho no país.

A população ocupada na informalidade foi estimada em 30,7 milhões de trabalhadores, representando 37,4% do total da população ocupada.

Com relação a população subutilizada, falta emprego para 32,9 milhões de brasileiros.

 A população ocupada foi estimada em 82 milhões de pessoas, queda de 8,1% sobre o trimestre-móvel anterior e de 12,3% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

 A população desempregada foi estimada em 13,1 milhões de pessoas, crescimento de 2,5% sobre o trimestre-móvel anterior e de 4,5% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

A população na força de trabalho (PEA) foi estimada em 95,2 milhões de pessoas, queda de 6,8% sobre o trimestre-móvel anterior e de 10,4% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

A população fora da força de trabalho foi estimada em 79 milhões de pessoas, alta de 11,3% sobre o trimestre-móvel anterior e de 21,8% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

A população em idade de trabalhar (PIA) foi estimada em 174,1 milhões de pessoas, alta de 0,7% sobre o trimestre-móvel anterior e de 1,8% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.


TAXAS

A taxa de ocupação foi de 47,1%, redução de 4,5 p.p. sobre o trimestre-móvel anterior e de 7,6 p.p. sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

A taxa de população fora da força de trabalho foi de 45,3%, aumento de 4,3 p.p. sobre o trimestre-móvel anterior e de 7,4 p.p. sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

A taxa de desocupação foi de 13,8%, aumento de 1,2 p.p. sobre o trimestre-móvel anterior e de 2 p.p. sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

A taxa de subutilização foi de 30,1%, aumento de 4,5 p.p. sobre o trimestre-móvel anterior e de 5,5 p.p. sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

POPULAÇÃO SUBUTILIZADA

A população de trabalhadores subutilizados foi estimada em 32,9 milhões de pessoas, alta de 14,7% sobre o trimestre-móvel anterior e de 17% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

A população de desalentados, pessoas que desistiram de procurar emprego por ser muito jovem ou muito idoso ou por não terem experiência, foi estimada em 5,8 milhões de pessoas, alta de 15,3% sobre o trimestre-móvel anterior e de 20% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

A população de não desalentados, pessoas que procuraram trabalho mas não estavam disponíveis foi estimada em 8,2 milhões de pessoas, alta de 72,9% sobre o trimestre-móvel anterior e de 142,9% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

A população de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, pessoas que gostariam de trabalhar mais de 40 horas, foi estimada em 5,8 milhões de pessoas, queda de 5,4% sobre o trimestre-móvel anterior e de 21,3% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

RENDIMENTOS

O rendimento médio real do trabalhador foi estimado em R$2.535, aumento de 4,8% sobre o trimestre-móvel anterior e de 8,6% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

A massa de rendimento real de todos os trabalhos foi estimada em R$203 bilhões, queda de 3,8% sobre o trimestre-móvel anterior e de 4,7% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

OCUPAÇÃO POR SETORES

A população ocupada foi estimada em 82 milhões de pessoas, queda de 8,1% sobre o trimestre-móvel anterior e de 12,3% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

Do total da população ocupada, 37,4% se encontravam na informalidade, correspondendo a 30,7 milhões de pessoas, queda de 11,3% sobre o trimestre-móvel anterior e de 20,7% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

O emprego com carteira no setor privado foi estimado em 29,4 milhões de pessoas, queda de 8,8% sobre o trimestre-móvel anterior e de 11,3 % sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

O emprego sem carteira no setor privado foi estimado em 8,7 milhões de pessoas, queda de 14,2% sobre o trimestre-móvel anterior e de 25,5% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

O trabalho por conta própria formal, foi estimado em 5,2 milhões de pessoas, queda de 5,9% sobre o trimestre-móvel anterior e crescimento de 8% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

O trabalho por conta própria informal, foi estimado em 16,2 milhões de pessoas, queda de 9,2% sobre o trimestre-móvel anterior e de 16,5% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

O empregador formal, foi estimado em 3,3 milhões de pessoas, queda de 5,2% sobre o trimestre-móvel anterior e de 6,2% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

O empregador informal, foi estimado em 672 mil de pessoas, queda de 11% sobre o trimestre-móvel anterior e de 20,9% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

O empregado no setor público foi estimado em 12,1 milhões de pessoas, crescimento de 1,8% sobre o trimestre-móvel anterior e de 3,5% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

O trabalho doméstico com carteira, foi estimado em 1,4 milhão de pessoas, queda de 12,8% sobre o trimestre-móvel anterior e de 21,8% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

O trabalho doméstico sem carteira, foi estimado em 3,2 milhões de pessoas, queda de 18,5% sobre o trimestre-móvel anterior e de 28,8% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

OCUPAÇÃO POR GRUPAMENTO DE ATIVIDADES

Todas as atividades apresentaram quedas na ocupação sobre o trimestre-móvel anterior e somente a administração pública apresentou estabilidade na comparação com o mesmo período do ano passado.

No trimestre-móvel findo em julho, o comércio apresentou o pior resultado com fechamento de 1,6 milhão de vagas, seguido de alojamento e alimentação com 1,1 milhão, dos serviços domésticos com 940 mil, da indústria com 916 mil e dos outros serviços com 815 mil.

A ocupação no comércio e reparadores de veículos e motos foi estimada em 15,1 milhões de pessoas, queda de 9,7% sobre o trimestre-móvel anterior e de 14% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

A ocupação na administração pública, defesa, seguridade, educação, saúde humana e serviços sociais foi estimada em 16,5 milhões de pessoas, queda de 1% sobre o trimestre-móvel anterior e estabilidade sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

A ocupação na indústria geral foi estimada em 10,5 milhões de pessoas, queda de 8% sobre o trimestre-móvel anterior e de 12,7% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

A ocupação na informação, comunicação e atividades financeiras, mobiliária e administrativas foi estimada em 10 milhões de pessoas, queda de 3,7% sobre o trimestre-móvel anterior e de 5% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

A ocupação na agricultura foi estimada em 8,1 milhões de pessoas, queda de 1,4% sobre o trimestre-móvel anterior e de 6,9% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

A ocupação na construção foi estimada em 5,3 milhões de pessoas, queda de 9,5% sobre o trimestre-móvel anterior e de 19,8% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.

 

 

 RESULTADO PRIMÁRIO - 30 DE SETEMBRO DE 2020

O Resultado Primário Consolidado apresentou déficit de R$87,6 bilhões em agosto.

Mês

No mês de agosto, o resultado primário consolidado apresentou déficit de R$87,6 bilhões, sendo R$96,5 bilhões do Governo Federal, R$219 milhões de Empresas Estatais e superávit de R$9,1 bilhões de Governos Regionais.

As operações desfavoráveis com swap cambial em R$14,3 bilhões em agosto, contribuíram para o aumento da “conta juros nominais”.

Acumulado - 12 meses

O resultado primário consolidado em agosto apresentou déficit de R$611,3 bilhões (8,5% do PIB), sendo R$648,2 bilhões (9% do PIB) do Governo Federal, superávit de R$22,5 bilhões (0,3% do PIB) de Governos Regionais e R$14,4 bilhões (0,2% do PIB) de Empresas Estatais.

As operações desfavoráveis com swap cambial totalizaram R$40,6 bilhões (0,56% do PIB).

Dívida Pública

A Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) em agosto alcançou os R$6,4 trilhões, representando 88,8% do PIB, aumento de 2,4 p.p. sobre julho de 2020 (86,4%).

A dívida líquida do setor público alcançou os R$4,4 trilhões, correspondendo a 60,7% do PIB, aumento de 0,6 p.p. sobre julho de 2020 (60,1%).

 

 

DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL - 28 DE SETEMBRO DE 2020

A dívida cresceu 8,3% em agosto e ultrapassou os R$4,4 trilhões.

Em agosto a dívida púbica federal cresceu R$338,2 bilhões (8,3%) em relação ao mesmo período de 2019.

A DPF total foi de R$ 4,412 trilhões, composta da DPMF-i com R$4,174 trilhões e da DPF-e com R$ 0,238 trilhão.

Prazo e vida média

O prazo e vida média da DPF caiu de 5,59 anos em 2019 para 5,27 anos em 2020.

Custo médio acumulado

O custo médio da DPF aumentou 0,01 p.p. na comparação de 2019 (8,53%) com 2020 (8,54%).

Detentores da Dívida

Os detentores que reduziram suas participações de agosto de 2019 para 2020 foram os Fundos de Investimentos passando de 27,15% para 26,91%, os Fundos de Previdência de 24,16% para 23,94%, os Não-residentes de 12,14% para 9,40%, o Governo de 3,97% para 3,61%, as Seguradoras de 4% para 3,95% e os Outros de 5,65% para 5,49%.

Os detentores que aumentaram suas participações de agosto de 2019 para 2020 foram as Instituições Financeiras passando de 22,93% para 26,69%.

Composição da Dívida

Os títulos Pós-fixados com 39,17%, os Prefixados com 30,14%, os atrelados ao Índice de Preços com 24,97% e ao Câmbio com 5,72%.

Distribuição dos Vencimentos

Com 22,29% os títulos com vencimentos acima de cinco anos, 21,65% até 12 meses, 18,56% com prazos entre um e dois anos e 15,48% entre dois e três anos.

 

 

 CONTAS DO GOVERNO FEDERAL  - 29 DE SETEMBRO DE 2020

O governo fechou o mês de agosto com déficit de R$96,1 bilhões em suas contas.

O déficit nas contas do governo federal cresceu 9,4% na passagem de julho (R$87,8 bilhões) para agosto (R$96,1 bilhões).

Mês

A receita líquida cresceu 13,1% na passagem de julho (R$90,3 bilhões) para agosto (R$102,1 bilhões) e as despesas 11,3% passando de R$178,1 bilhões para R$198,2 bilhões.

A Previdência Social apresentou déficit de R$10,2 bilhões em agosto, queda de 48,7% na comparação com julho (R$19,9 bilhões).

Agosto/20 x Agosto/19

Na comparação com o mesmo período do ano passado, o déficit nas contas do governo aumentaram 471,3%, passaram de R$16,8 bilhões em 2019 para R$96,1 bilhões em 2020.

O déficit na Previdência Social caiu 50,6%, passou de R$20,6 bilhões para R$10,2 bilhões.

Acumulado 12 meses

No acumulado de doze meses a receita líquida apresentou queda de 2,2% e as despesas cresceram 36,6%.

O déficit cresceu 467,4%, passou de R$113,5 bilhões para R$644,3 bilhões.

O déficit na Previdência Social cresceu 51%, passou de R$203,3 bilhões para R$307 bilhões.



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