BUTANTAN COMECARÁ TESTES DE SORO ANTICORONAVÍRUS
O Instituto informa que recebeu nesta quarta a autorização da Anvisa e que "os testes deverão ser iniciados nos próximos dias.
Foi autorizado pela ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária a realização de testes em humanos do soro anticoronavírus que está sendo desenvolvido pelo Instituto Butantan desde o ano passado a partir do plasma de cavalos.
O Butantan ainda deve apresentar informações complementares que, segundo a ANVISA, não foram "integralmente disponibilizadas, devendo a agência enviar, ainda, um novo ofício apontando quais são as pendências.
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De acordo com o Butantan, já existem 3 mil frascos prontos para iniciar os testes. Essa autorização permitirá que o soro seja aplicado em pessoas contaminadas pela doença e, depois, que se descubra qual a dose necessária para obter os efeitos desejados.
O Instituto informa que recebeu nesta quarta a autorização da Anvisa e que "os testes deverão ser iniciados nos próximos dias.
O objetivo do soro é amenizar os sintomas da doença nas pessoas já infectadas. Ele não é capaz de curar nem de prevenir a doença.
O estudo é coordenado pelos médicos Esper Kallás e José Medina, da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, uma vez autorizados, os testes serão feitos inicialmente no Hospital do Rim e no Hospital das Clínicas. O objetivo é focar em pacientes com "infecção recente e alto ou altíssimo risco de doença grave", disse o Butantan em nota.
Para a produção do soro, os técnicos retiram o plasma do cavalo, que faz parte do sangue do animal, e levam para a sede do Butantan, na Zona Oeste de São Paulo. Os anticorpos são separados do plasma e se transformam em um soro anti-Covid.
Os cavalos, além de ajudarem a produzir o soro, participaram dos testes. O vírus inativo não provoca danos aos animais, nem se multiplica no organismo, mas estimula a produção de anticorpos.
No início de março, Dimas Covas disse que os testes feitos em animais apontaram que o soro é seguro e efetivo.
"Os animais que foram tratados tiveram seu pulmão protegido, ou seja, não desenvolveram a forma fatal da infecção pelo coronavírus, mostrando que os resultados de estudos em animais são extremamente promissores e esperamos que a mesma efetividade seja demonstrada agora nesses estudos clínicos que poderão ser autorizados."