FALTA D'ÁGUA MARCA O FIM DE SEMANA DOS JOAQUINENSES

Em alguns bairros a água chega de madrugada e acaba antes do sol nascer


O córrego de água que abastece cerca de 70% dos imóveis de São Joaquim da Barra está secando. Nas torneiras da cidade já é possível perceber a falta dágua, indicando que os poços artesianos, responsáveis pelos outros 30% de abastecimento, também estão abaixo de seus níveis.


Essa história se repete em São Joaquim da Barra há vários anos durante o período de inverno devido a falta de chuvas, ao desperdício de água e à falta de políticas públicas que priorizem saneamento básico e meio ambiente.


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Quem sofre é a população que, sem resposta do poder público, lamenta nas redes sociais. O Facebook se tornou um mural de protestos neste fim de semana. Muitos moradores reclamam que não conseguem fazer os serviços básicos, como lavar roupas e limpar a casa. Em alguns bairros, falta água até mesmo para o banho.

No Centro da cidade, de acordo com relatos de moradores, falta água há três dias. A moradora Célia Pajola comenta que a sorte é que a água está chegando por um período rápido nas madrugadas, possibilitando encher as caixas dáguas, masque logo acaba novamente.

"Não está sendo fácil, estou com a máquina cheia de roupa molhada, como trabalho, só tenho os fins de semana pra lavar", lamenta.


Na casa de Cyda Reis, outra moradora do Centro, a situação é ainda pior. Sem caixa dágua, está complicado até para tomar banho. "Você pode imaginar o transtorno? E quando vem água coletamos, mas dá apenas para uso na limpeza".

Na Vila Martus, a moradora Sandra Mara Gonçalves Pintanelli também reclama. "Esses dias quase queimei a máquina de lavar roupas....no começo tinha água... depois, antes de terminar, a água tinha acabado e eu não vi...afff ta difícil".
Sandra lembra que em sua casa sempre teve muita água, mas ultimamente, quando não acaba, vem pouca. "Tão pouca que nem estou usando a máquina de lavar roupas... porque não vai água na máquina".

No bairro Jardim Marivan, que fica bem próximo a Estação de Tratamento de Água, a situação piorou este ano, de acordo com Joice Prado Ribeiro.
"Tenho duas caixas, evito gastar... aqui no meu bairro sempre faltou, mas agora está totalmente difícil, nunca tem... saio para trabalhar não tem, quando volto também não... situação complicada essa que estamos passando".

A questão também é crônica numa parte do João Paulo II, conforme relata Cristina Nunes, que mora há 33 anos no bairro. "Falta água todo dia".
Há relatos de falta dágua também no Jardim Canadá, Vila Deienno, Tancredo, Santa Lúcia e Lapa.

De acordo com José Roberto Bonfim, diretor do SAE - Serviço de Água e Esgoto da cidade, o problema de fornecimento de água na maioria dos bairros se deve a falta de chuvas, sendo comum nesta época do ano essa redução. No entanto, de acordo com ele, o setor estuda meios de sanar esse problema, mas descarta a realização de um rodízio entre os bairros.

Já na região central da cidade, o fornecimento foi complicado pela inativação do poço artesiano no bairro Júlio de Lollo, que está com problemas. Segundo o diretor, o problema deverá ser resolvido ainda nesta segunda-feira, normalizando a distribuição da água na região central.

Porém, até as 10h45 desta segunda-feira, não havia ninguém trabalhando no local, como indicam as fotos abaixo.





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