FEMINICÍDIO CHOCA ORLÂNDIA
Mulher é assassinada pelo marido após festa de aniversário de 7 anos da neta. Segundo a polícia, a criança presenciou o crime
Uma mulher de 65 anos morreu ao ser esfaqueada pelo marido após a festa de aniversário da neta, na noite de sábado (16), no bairro Jardim Boa Vista, em Orlândia (SP). Segundo a Polícia Civil, o suspeito, de 70 anos, tentou se matar em seguida com a mesma faca. Ele foi socorrido, levado a um hospital e foi preso em flagrante.
O caso foi registrado no plantão da Polícia Civil em São Joaquim da Barra (SP) como feminicídio e com agravante de ter ocorrido perante uma criança. A investigação será feita pela Delegacia de Orlândia.
O corpo de Eva Lúcia Lourenço foi enterrado na tarde deste domingo (17), no Cemitério Municipal de Orlândia.
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Criança avisou pai sobre violência
O crime aconteceu na casa do casal após a comemoração do aniversário de uma das netas de Eva. Segundo o delegado Gustavo de Almeida Costa, depois que os convidados foram embora, a aniversariante, de 7 anos, ficou no local para dormir com a avó.
No entanto, o suspeito, Oswaldo Rodrigues, e a vítima passaram a discutir. De acordo com o delegado, o homem pegou uma faca e golpeou a mulher no pescoço. Ele ainda desferiu outros golpes contra ela.
A menina que estava na casa ligou para os pais e pediu ajuda. “Eles moram a alguns quarteirões do local. Quando o pai chegou à casa, ele encontrou o Oswaldo com a faca no peito. Ele dizia ‘eu matei a sua mãe porque ela estava me traindo’”, disse o delegado.
Casal sem histórico de violência
Segundo Prado, o filho foi até o quarto e encontrou a mãe gravemente ferida. O rapaz contou à polícia que o suspeito ainda retirou a faca do peito e golpeou o próprio queixo.
Oswaldo foi levado ao hospital pelo Corpo de Bombeiros. Eva morreu no local.
O delegado informou que o quadro de saúde dele era considerado estável. Ele passou por cirurgia para remoção da faca e permanecia sob escolta da Polícia Militar até a manhã deste domingo.
Prado disse que o casal não tinha histórico de violência doméstica. “Ele agiu por ciúmes. Segundo o filho da vítima, o Oswaldo dizia ‘eu sou homem e matei ela’. Ele matou e acabou com a vida deles.”
Por estar muito abalada, a neta da vítima não foi ouvida pelo delegado. Prado explicou que o depoimento deverá ser colhido com auxílio de uma escuta especializada, com apoio de psicólogos.
Com informações do G1.















