QUEM SÃO AS MULHERES EMPODERADAS DA WORLD FASHION
Conheça a história das irmãs da família Urbinati, que comandam um negócio iniciado com uma pequena portinha e hoje vive um momento de expansão com novas lojas e e-comerce
As irmãs Susana Cristina Urbinati Máximo, Ana Beatriz Urbinati de Oliveira, Débora Regina Urbinati Duarte, Maria Elisa Urbinati / Foto: Paulo Ferreira Foto Designer
Elas são simpáticas, comunicativas e esbanjam muito charme. De cima dos seus quase 1,80 de altura, sabem muito bem onde querem chegar e já vislumbram o caminho.
Elas são Susana, 39, Ana Beatriz, 34, Débora, 38, e Maria Elisa, 26, quatro irmãs da família Urbinati, executivas da World Fashion e World Fashion Curves, lojas de roupas de Orlândia que tiveram crescimento significativo, mesmo com a pandemia.
Com duas lojas físicas e Web Store, fazem grande sucesso no atendimento às mulheres de todas as idades e de todos os tamanhos.
O sucesso da marca com as mulheres é explicado por Ana Beatriz:
"Aqui somos psicólogas, personal stylist ... procuramos sempre elevar a autoestima das mulheres trabalhando com muita empatia para entender suas necessidades".
Parece fácil, mas essa história de sucesso não aconteceu por acaso.
Tudo começou em 2007 com a Ana Beatriz, que vendia acessórios informalmente e já tinha uma grande carteira de clientes. Naquela época, Ana era "CLT", funcionária registrada e atuante em outra área.
Como sua mãe precisava de ajuda para cuidar da avó, decidiu largar o emprego e criar o próprio negócio, estando dessa forma mais presente para ajudar a mãe. E assim, com incentivo de toda a família, nascia a primeira sementinha da World Fashion.
"Todo mundo falava, 'vocês conhecem muita gente, abram uma loja que vai dar certo'. Aí criamos coragem e montamos", explica, relembrando que o pai fez um empréstimo para alavancar o negócio e ela ficou incumbida de quitar mensalmente.
E assim foi feito. Logo a Susana, 39, aderiu ao negócio e foi quem fez a primeira compra em São Paulo, dando início ao sonho.
No começo, todas as irmãs ajudavam na loja aos sábados, pois também trabalhavam durante a semana, e aos poucos foram deixando seus empregos e aderindo ao negócio.
CRESCIMENTO
A mais nova da família, Maria Elisa, hoje com 26 anos, foi peça chave nesse crescimento da empresa. Ela cursava Engenharia de Produção e conseguiu fazer seu TCC - Tese de Conclusão de Curso dentro da loja. Ela levava para seus professores os desafios diários enfrentados na loja e voltava com as soluções para aplicar no negócio.
"Eu não tinha a intenção de ficar na loja porque tenho mais dificuldade de conversar com o público, não sou boa vendedora como minhas irmãs, por isso eu pensava em estudar e bater asas... ", explica Elisa.
Porém, na faculdade ela viu que poderia voltar sua formação para alavancar o negócio das irmãs.
"Quando fiz meu TCC eu já trabalhava na loja porque minhas irmãs me acolheram desde cedo... e aí eu pensei em unir o útil ao agradável...então eu ia vendo essa questão de estoque, ia conversando com os professores e tudo mais... aí foi onde elas toparam essa loucura e com ajuda dos professores, a gente fez um trabalho de regularizar o estoque, a previsão de demanda, toda essa parte mais técnica".
Logo veio a pandemia e o lockdown, e com a ajuda de Elisa elas conseguiram atravessar o momento mais crítico. Ela relembra as dificuldades. "Aconteceram várias coisas durante esse período, que foi difícil pra todo mundo, principalmente pra quem tem filho e a Ana estava grávida, foi um Deus nos acuda".
E assim, cada uma das irmãs foi se ajustando à determinada área. "Eu que não sou tão boa de comunicação, continuei no administrativo, sou mais de números mesmo, a Ana e a Susana são muito comunicativas, a Débora sempre foi uma pessoa muito centrada... então cada uma foi tomando uma posição de acordo com as suas características".
No período menos crítico da pandemia, quando começou o countdown e ainda num cenário incerto, elas receberam uma proposta para um ótimo ponto comercial. Fizeram um novo empréstimo e decidiram abrir outra loja, iniciando mais um desafio.
Por serem altas, sempre tiveram dificuldades em encontrar roupas plus size e visando essa necessidade do mercado decidiram abrir uma loja voltada para esse público.
"Já faz um ano e meio e tá dando tudo certo. A gente ta caminhando devagar com certeza, porque temos que ter os pés no chão, mas está indo muito bem", finaliza Susana.
MULHERES EMPODERADAS
Como mulheres independentes liderando o próprio negócio, elas acreditam que uma mulher empoderada é aquela que luta por seus objetivos, que tem respeito e amor ao próximo e gratidão pela sua história.
A mensagem que querem deixar para inspirar outras mulheres é:
"Não limite sua capacidade, sonhe, trace objetivos, lute por eles. Se valorize, você é especial, você é única e autora de sua história"