Joaquinense lança publicação na Feira do Livro de Ribeirão Preto
O joaquinense Fernando A. Dias dos Reis Jr., conhecido na região como Fernandinho, está lançando o livro A Eterna Dama – Sinhá Junqueira, em coautoria com as escritoras Adriana Silva e Sandra Rita Molina. A obra será apresentada oficialmente no próximo 22 de agosto, às 17h, na Biblioteca Sinhá Junqueira, dentro da programação da Feira do Livro de Ribeirão Preto.
Natural de São Joaquim da Barra, Fernando já possui outras publicações em sua trajetória literária e agora se junta às autoras para narrar a vida de uma das mulheres mais marcantes do interior paulista: Theolina Zemila de Andrade Junqueira, a eterna Dona Sinhá.
A força de Dona Sinhá
Nascida em 1874, em uma época de profundas transformações sociais no Brasil, Dona Sinhá carrega em sua história os sobrenomes de duas famílias tradicionais, Andrade e Junqueira. Casou-se com o coronel Francisco Maximiano Junqueira, o Cel. Quito, e juntos construíram um império agrícola que impulsionou a economia regional.
Foi, no entanto, após a viuvez em 1938, que Dona Sinhá revelou sua maior determinação. Sem herdeiros e sem títulos acadêmicos, assumiu a liderança dos negócios familiares, administrou a Usina Junqueira, em Igarapava, e direcionou sua fortuna para obras de caráter social. Criou escolas, hospitais, centros de puericultura, além do Educandário Quito Junqueira, e fundou a Fundação Sinhá Junqueira, instituição que preserva até hoje sua memória filantrópica.
Legado além das fronteiras
A atuação de Dona Sinhá ultrapassou limites regionais. Foi reconhecida em vida como a primeira mulher a ter o nome inscrito no Livro do Mérito Nacional. Também participou da campanha “Dê Asas ao Brasil”, doando seis aviões à Força Aérea Brasileira.
Sua antiga residência, em Ribeirão Preto, transformou-se na atual Biblioteca Sinhá Junqueira, espaço cultural que abriga o lançamento da obra. Além disso, suas doações foram decisivas para a criação do Museu de Arte de São Paulo (MASP), um dos maiores da América Latina.
Sete décadas após sua morte, Dona Sinhá permanece como símbolo de solidariedade e liderança feminina. A Eterna Dama – Sinhá Junqueira resgata essa trajetória e reafirma o lugar da filantropa como uma mulher que transformou riqueza em esperança e história em amor.














