Conta de luz seguirá mais cara em setembro com bandeira vermelha 2


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter, para o mês de setembro de 2025, a bandeira tarifária vermelha no patamar 2, considerado o mais elevado do sistema. Com a decisão, a conta de luz seguirá com cobrança extra de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos, além da tarifa regular.


Escassez hídrica eleva custo da geração

A manutenção do patamar mais alto está diretamente ligada ao baixo nível de afluência dos reservatórios hidrelétricos, consequência da ausência de chuvas nas últimas semanas. O cenário obrigou o acionamento de usinas termelétricas, cuja geração possui custo significativamente superior à das hidrelétricas.


Segundo a Aneel, a medida reflete a necessidade de garantir o equilíbrio do sistema elétrico nacional diante de um período prolongado de condições climáticas desfavoráveis.


Histórico recente de bandeiras

Este é o segundo mês consecutivo com a bandeira vermelha 2 em vigor. Em junho e julho, foi aplicada a bandeira vermelha no patamar 1, enquanto em maio o sistema registrou bandeira amarela. A sequência de aumentos tarifários reforça a persistência de um cenário de maior custo na geração de energia.


Como funciona o sistema de bandeiras tarifárias

Implantado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias tem como objetivo sinalizar ao consumidor o custo variável da geração de energia elétrica. A metodologia leva em conta a disponibilidade de água nos reservatórios e a necessidade de utilização de usinas termelétricas ou outras fontes mais onerosas.


As bandeiras funcionam da seguinte forma:


  • Verde: sem cobrança adicional.
  • Amarela: acréscimo de R$ 0,01885 por kWh.
  • Vermelha – Patamar 1: acréscimo de R$ 0,04463 por kWh.
  • Vermelha – Patamar 2: acréscimo de R$ 0,07877 por kWh, equivalente a aproximadamente R$ 7,88 a cada 100 kWh.


Transparência e consumo consciente

Antes da criação do sistema, em 2015, os custos extras de geração eram incorporados apenas nos reajustes anuais, sem clareza para o consumidor. Com as bandeiras, tornou-se possível antecipar os períodos de maior custo e compreender os fatores que impactam a conta de energia.


A Aneel reforça ainda que o atual cenário exige uso consciente da energia elétrica. A prática contribui para a preservação dos recursos naturais, reduz a necessidade de acionamento de termelétricas — mais caras e poluentes — e promove a sustentabilidade do setor elétrico.



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