SBC redefine pressão arterial de 12 por 8 como pré-hipertensão e alerta para cuidados preventivos




A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) anunciou, durante o 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia, realizado em São Paulo, uma atualização significativa nas diretrizes sobre pressão arterial.


A partir de agora, leituras de 120 por 80 mmHg, anteriormente consideradas normais, passam a ser classificadas como pré-hipertensão, indicando um nível de alerta para possíveis riscos cardiovasculares futuros.


Mudança na classificação da pressão arterial

Segundo a SBC, apenas valores abaixo de 120 mmHg na pressão sistólica (número maior) e abaixo de 80 mmHg na pressão diastólica (número menor) serão considerados normais. A pré-hipertensão não é uma doença, mas serve como um sinal de atenção para que indivíduos adotem hábitos saudáveis antes que a pressão evolua para níveis de hipertensão.


Prevenção e hábitos recomendados

O objetivo da nova classificação é a prevenção. Especialistas reforçam que mudanças simples no estilo de vida podem reduzir significativamente o risco de complicações. Entre as principais recomendações estão:


  • Abandonar o tabagismo
  • Reduzir ou evitar o consumo de álcool
  • Adotar uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes
  • Limitar a ingestão de sal
  • Manter o peso corporal adequado
  • Praticar atividades físicas regularmente


Critérios para hipertensão e novas metas

Os limites para hipertensão permanecem os mesmos: pressão igual ou superior a 140/90 mmHg. No entanto, a meta recomendada para pessoas já diagnosticadas com a condição passa a ser 130/80 mmHg ou menos. Estudos recentes indicam que esse patamar está associado a menor risco de eventos cardiovasculares, incluindo infartos e acidentes vasculares cerebrais.


Monitoramento da pressão arterial

A nova diretriz reforça a importância do monitoramento regular da pressão arterial. A recomendação é que todos a partir de 3 anos realizem aferições anuais. Indivíduos com condições médicas pré-existentes devem iniciar a medição mais cedo. Idosos, mulheres na menopausa, homens acima dos 55 anos e pessoas com doenças associadas devem medir com maior frequência, podendo realizar a checagem a cada seis meses ou sempre que possível.


Impacto esperado no Brasil

No país, cerca de 30% a 32% da população adulta já é portadora de hipertensão. Com a nova diretriz, um número ainda maior de pessoas será alertado precocemente sobre alterações na pressão, permitindo ações preventivas que podem reduzir complicações graves no futuro.


A atualização das recomendações da SBC reforça o papel da prevenção e do monitoramento contínuo, destacando a importância de hábitos saudáveis e da atenção precoce à saúde cardiovascular.



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