SBC atualiza diretrizes sobre colesterol e cria categoria de risco extremo
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) divulgou atualização nas diretrizes sobre dislipidemias, distúrbios relacionados aos níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue. As mudanças redefinem metas para o colesterol LDL — conhecido como colesterol “ruim” — e introduzem uma nova categoria de risco extremo, voltada a pacientes com múltiplos fatores de risco cardiovascular.
Novos limites para colesterol LDL e não-HDL
O principal destaque da atualização é a redução do limite considerado ideal para o LDL em indivíduos com baixo risco cardiovascular, que passou de 130 mg/dL para 115 mg/dL. Para demais grupos, os patamares permanecem inalterados:
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| | Voltada a pacientes com risco muito elevado |
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O colesterol não-HDL, que engloba todas as partículas prejudiciais ao organismo, também recebeu novo parâmetro: para pacientes de baixo risco, o limite foi reduzido de 160 mg/dL para 145 mg/dL.
Categoria de risco extremo e avaliação individualizada
A atualização apresenta a categoria de risco extremo, destinada a pacientes com múltiplos fatores de risco, como histórico familiar precoce de doença cardíaca, diabetes, obesidade ou esteatose hepática. Para este grupo, a meta de LDL é inferior a 40 mg/dL.
Categoria de risco extremo e avaliação individualizada
O documento destaca ainda a importância de usar exames laboratoriais e de imagem de forma estratégica para estimar com precisão o risco cardiovascular individual. Orientações específicas foram incluídas para pacientes que apresentam intolerância às estatinas, medicamentos comuns no controle do LDL.
Objetivo da atualização
Com as novas diretrizes, a SBC reforça a necessidade de decisões personalizadas e preventivas no acompanhamento de pacientes, promovendo maior segurança e efetividade na prevenção de doenças cardiovasculares.