Fenômenos celestes de outubro
O mês de outubro reserva aos apreciadores da astronomia uma série de fenômenos celestes que prometem encantar o público. Entre os destaques estão a primeira superlua do ano e a tradicional chuva de meteoros Orionidas, eventos que poderão ser observados a olho nu.
A primeira superlua de 2025 ocorrerá em 7 de outubro, integrando uma sequência de três superluas previstas para os últimos meses do ano. O fenômeno se repete geralmente três ou quatro vezes ao longo do ano, em meses consecutivos, e acontece quando a Lua atinge o perigeu, ponto de maior proximidade em sua órbita com a Terra. Durante essa fase, o satélite natural aparece mais próximo e mais luminoso, oferecendo uma vista impressionante aos observadores do céu.
Outro fenômeno aguardado é a chuva de meteoros Orionidas, que atingirá seu pico na madrugada do dia 21 de outubro. O espetáculo anual é resultado do rastro de detritos deixado pelo cometa Halley, que, ao entrar na atmosfera terrestre, se desintegra e gera múltiplas “estrelas cadentes”, todas aparentemente emanando de um mesmo ponto no céu.
Além desses eventos, o mês de outubro também proporciona diversas conjunções celestes. Esses encontros ocorrem quando dois ou mais corpos celestes parecem se aproximar no céu, embora estejam separados por milhares de quilômetros no espaço. Geralmente visíveis sem instrumentos ópticos, as conjunções oferecem oportunidades para fotografias astronômicas e contemplação noturna.
De acordo com o guia de efemérides astronômicas do Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), os principais fenômenos de outubro serão:
7/10 – Lua Cheia do Perigeu (Superlua): visível durante toda a noite, na constelação de Peixes.
10/10 – Conjunção entre Lua e as Plêiades (M 45): observável na direção nordeste, durante a madrugada, na constelação de Touro.
13/10 – Conjunção entre Lua e Júpiter: madrugada, direção nordeste, na constelação de Gêmeos.
19/10 – Conjunção entre Lua e Vênus: aurora, direção nordeste, na constelação de Leão, com os astros baixos no horizonte.
20/10 – Conjunção entre Mercúrio e Marte: crepúsculo, direção oeste, na constelação de Libra, com ambos os astros próximos ao horizonte.
21/10 – Pico da chuva de meteoros Orionidas: madrugada, direção leste.
23/10 – Conjunção entre Lua, Marte e Mercúrio: anoitecer, direção leste, formando um trio celeste na constelação de Libra.
29/10 – Observação de Mercúrio: anoitecer, direção oeste, na constelação do Escorpião, momento considerado o mais favorável da primavera para contemplar o planeta.
Outubro, com suas superluas, chuvas de meteoros e conjunções celestes, apresenta uma oportunidade única para apreciar a beleza do universo e despertar o interesse pela observação astronômica, promovendo um contato direto com os mistérios do cosmos.














