Segunda superlua do ano poderá ser vista nesta quarta-feira
Fenômeno, que deixa o satélite natural até 30% mais brilhante, poderá ser observado a olho nu em todo o país, se o tempo permitir. Esta será a penúltima superlua de 2025.
O céu noturno desta quarta-feira (5) promete um espetáculo visível de qualquer lugar do Brasil: a segunda e penúltima superlua do ano. O fenômeno, resultado da coincidência entre a lua cheia e o ponto mais próximo da órbita lunar em relação à Terra, fará com que o satélite natural apareça maior e mais luminoso que o habitual.
Os brasileiros terão uma nova oportunidade de observar a superlua nesta quarta-feira (5), um fenômeno que tem despertado a curiosidade de astrônomos amadores e admiradores do céu. Se as condições meteorológicas forem favoráveis, a Lua poderá ser vista em seu ápice de brilho e tamanho logo após o anoitecer, sem necessidade de qualquer equipamento.
De acordo com plataformas especializadas, o horário exato do surgimento do fenômeno varia conforme o fuso horário. Em São Paulo, a Lua deve surgir por volta das 18h45; em Belém, às 18h14; e no Recife, às 17h28, considerando o horário de Brasília. O melhor momento para observação será logo ao entardecer, quando o satélite começa a despontar no horizonte.
Embora o termo “superlua” seja amplamente utilizado, ele não possui definição astronômica oficial. A expressão foi criada em 1979 pelo astrólogo Richard Nolle e, desde então, passou a ser adotada popularmente. Na prática, o nome designa a coincidência da lua cheia com o perigeu — ponto em que o satélite está mais próximo da Terra em sua órbita.
Segundo o diretor do Observatório do Valongo da UFRJ, Helio J. Rocha-Pinto, a Lua é considerada uma superlua quando está a menos de 360 mil quilômetros da Terra. “Nesse ponto, ela pode parecer até 14% maior e 30% mais brilhante do que quando está no apogeu, o ponto mais distante”, explica o astrônomo.
Apesar do interesse que desperta, nem toda lua cheia é classificada como superlua. A diferença, perceptível a olho nu, está justamente na proximidade com o planeta, que acentua o brilho e o tamanho aparentes do satélite.
O calendário astronômico do Observatório Nacional prevê três superluas em 2025: a primeira ocorreu em 6 de outubro, a segunda acontece agora, em 5 de novembro, e a última está prevista para 4 de dezembro.
Para quem deseja registrar o fenômeno, basta usar o próprio celular, preferencialmente com o apoio de um tripé ou superfície firme, e evitar o uso do zoom digital, que reduz a nitidez da imagem.
Se o clima colaborar, o céu brasileiro oferecerá um espetáculo natural que dispensa filtros ou equipamentos sofisticados — apenas o olhar atento de quem deseja admirar, mais uma vez, a beleza da Lua em sua forma mais brilhante.














