CNH sem autoescola: mudança divide opiniões e reacende debate sobre segurança nas ruas
Decisão do governo federal que encerra a obrigatoriedade de autoescolas para obtenção da habilitação reacende debate entre especialistas sobre formação de condutores e impacto social da mudança.
Uma mudança recente nas regras para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) está movimentando discussões em todo o país. A nova medida elimina a exigência de frequentar autoescola, permitindo que o candidato aprenda por conta própria antes de realizar os exames obrigatórios. A proposta promete reduzir custos e ampliar o acesso à habilitação, mas também levanta preocupações sobre a qualidade da formação dos novos motoristas.
A promessa de acesso mais fácil
O processo para conquistar a CNH no Brasil é conhecido por ser um dos mais caros do mundo. Em média, os valores variam entre R$ 3 mil e R$ 4 mil, podendo chegar a R$ 5 mil em alguns estados, como o Rio Grande do Sul.
Com o fim da obrigatoriedade das aulas em autoescola, a expectativa é que o processo se torne mais acessível e menos burocrático, especialmente para quem sempre esbarrou nas dificuldades financeiras.
A mudança abre a possibilidade de o candidato estudar de forma independente e realizar apenas os exames teórico e prático no Detran, sem a necessidade de matricular-se em uma instituição.
Formação e segurança em pauta
O Brasil registra altos índices de acidentes de trânsito, e essa realidade aumenta a preocupação com a qualidade da formação dos novos motoristas. Para Mozart Carvalho, a retirada da obrigatoriedade das autoescolas pode ter reflexos diretos na segurança viária. O especialista defende que a flexibilização seja acompanhada de mecanismos rigorosos de avaliação teórica e prática, garantindo que os condutores mantenham o mesmo nível de preparo exigido atualmente.
Outros profissionais da área compartilham a preocupação e destacam que qualquer mudança deve ser acompanhada de campanhas educativas e fiscalização eficiente, de modo a equilibrar a inclusão social com a responsabilidade no trânsito.
Há também quem veja na medida uma oportunidade de modernizar o modelo de ensino, tornando-o mais acessível sem comprometer a segurança.
Um novo cenário para quem sonha em dirigir
Com a flexibilização, o caminho para a habilitação ganha novas possibilidades e desafios. A promessa é de um processo mais democrático, mas a discussão sobre como equilibrar economia e segurança ainda está longe de terminar.
Independentemente da forma de aprendizado, especialistas reforçam que dirigir continua sendo um ato que exige preparo, consciência e responsabilidade compartilhada entre motoristas, pedestres e poder público.
Fonte: CNN Brasil / GOV.br














